Não era uma novidade, mas a verdade é que nunca se ouvir falar tanto de teletrabalho como este ano. O motivo? Simples, a pandemia da Covid-19 obrigou o país a mergulhar num confinamento de meses e, por conseguinte, obrigou as empresas a implementar um método de trabalho alternativo que permitisse a continuidade da atividade laboral e económica. E assim se deu mais um passo na era da transformação digital…
Não houve tempo para briefings, projetos ou até estudos de impacto, a decisão foi tomada em poucos dias, a adaptação dos equipamentos foi feita do dia para a noite, e a maioria dos portugueses viu-se confrontado com uma realidade completamente diferente. Quanto ao resultado, parece que foi bastante positivo já que a produtividade se manteve ou até aumentou na maior parte dos casos.
De acordo com a sondagem nacional do Expresso em parceria com a PHC, “Novos Desafios Digitais, a Gestão das PME”, 89% dos inquiridos considera que a mobilidade das equipas é uma tendência da era digital, sendo que o teletrabalho é uma consequência dessa mesma transformação. Mais de metade das empresas, acredita que os seus colaboradores aumentarão a produtividade através da utilização de ferramentas de trabalho colaborativo e 27% indica mesmo que uma maior autonomia das equipas aliada a mais trabalho em mobilidade permitirá igualmente um aumento da produtividade.
O tema da formação volta a estar no centro das atenções perante a necessidade de as empresas fomentarem o desenvolvimento de competências das suas equipas de forma a que estas se mantenham atualizadas. Neste sentido, 40% da amostra acredita que um dos principais desafios da gestão de recursos humanos passa pela formação de novas competências nas funções atuais. Cerca de 19% dos empresários considera mesmo a necessidade de contratar profissionais com novas competências.
No entanto, são várias as empresas que indicam que sentem que esta transformação digital potencia também risco à gestão perante a possibilidade de desatualização perante um mercado em constante mudança.
