Vamos neste artigo abordar as situações que podem influenciar o problema de sucessão dos sócios e precipitar a venda de uma empresa, nomeadamente, o ciclo de vida das empresas e da população em geral, objetivo dos sócios e o processo de implementação de medidas a adotar antecipadamente para otimizar o processo de venda.
Sobre as empresas
As empresas nascem, crescem e morrem e o período de evolução pode ser caracterizada pelas seguintes fases:
- Startup: 0 a 1 anos
- Jovem: 1 a 5 anos
- Adulta: 6 a 19 anos
- Madura: > 20 anos
Em termos estatísticos a esperança média de vida das empresas ascende a 13,1 anos. Adicionalmente, existe uma relação entre longevidade e o facto de uma empresa ser familiar, dado que quase metade (45%) das empresas maduras são familiares.
Do total das empresas que nascem perto de dois terços (67%) sobrevivem ao primeiro ano, apenas cerca de metade (52%) se mantém em atividade ao fim de três anos e um terço (33%) ultrapassa a fasquia dos sete anos de existência.
Existe uma relação direta entre dimensão e longevidade, ou seja, para serem maiores, as empresas necessitam de um tempo para consolidarem.
Sobre os sócios
Por outro lado, a esperança de vida à nascença para a população em geral (total por sexo) ascende em 2019 a 81 anos e a idade de reforma em 2021 atingiu os 66,6 anos.
Os motivos que levam os empresários a vender a empresa estão normalmente associados a idade, sucessão, doença, conflito entre sócios, capacidade financeira, crise familiar, cansaço, fim de uma carreira profissional, etc.
Se agruparmos estas situações em termos de imprevisibilidade de ocorrência verificamos que, por exemplo, as situações que têm a ver com doença e problemas familiares (divórcio) não permitem antever e planear o processo de venda como seria desejável, no entanto, as outras situações podem e devem ter um planeamento e organização de forma que o processo de venda da empresa corra sem sobressaltos.
Sabemos que uma parte significativa dos motivos de venda está relacionada com problemas de sucessão, o que significa que é possível prever e salvaguardar essas situações com antecedência, evitando riscos desnecessários.
Conclusão
Assim, sabendo que, por um lado, existem fatores que condicionam a esperança média de vida das empresas e que, por outro lado, existem por parte dos sócios situações que mais tarde ou mais cedo vão concorrer para um desfecho de venda da empresa, os sócios devem estar cientes da fase em que a empresa se encontra (adulta, madura) em evolução ou declínio, de forma a adotarem as medidas e procedimentos internos necessários para equilibrarem as fragilidades que podem condicionar o processo de venda.
As conjugações destas diferentes realidades permitem perceber, organizar, planear e implantar um processo de venda da empresa livre de pressões, stress, ausência de informação, fragilidades operacionais e económico-financeiras que em última análise vão prejudicar e/ou condicionar a venda de um negócio e em última análise impedir a venda.
Apesar de na maior parte dos casos as situações serem evidentes, muitos sócios não tomam uma decisão atempada no sentido de antecipar a sua saída de cena, de forma a salvaguardar os seus interesses e esse atraso pode precipitar o processo de venda sem que previamente sejam tomadas medidas de gestão para uma venda ordeira e pacifica das suas participações sociais.
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