Os bancos têm vindo a perder relevância como fonte de financiamento das PME. Entre 2007 e 2018 o total de financiamentos obtidos, diminui de 67,6% para 48,1%. Ainda assim, estes continuam a ser a principal fonte de financiamento.
No estudo realizado por Clara Raposo, Cláudia Custódio e Diana Bonfim, “O financiamento das PME portuguesas: a crise e a recuperação entre 2008 e 2018”, as autoras analisaram o financiamento das PME durante os períodos de crise e a respetiva recuperação, concluindo que, durante os períodos de crise “os bancos podem ter dificuldades em cumprir este papel”.
O estudo apresentou também vários fatores para este fenómeno, o endividamento das PME diminuiu ao longo desta última década bem como os custos de financiamento, que apesar de diminuírem em tempo de recuperação económica, aumentam durante as crises dificultando o trabalho dos bancos como financiador.
Defendem ainda que é muito importante apoiar PME com bons indicadores económicos durante períodos de crise pois “permite estimular o investimento e contribuir para evitar a destruição de emprego”.