em Artigos, Venda de Empresas

Manter sigilo na venda de empresas é considerado um elemento fundamental para o êxito de uma negociação pela maior  parte dos sócios das empresas. Para além da esfera negocial, é também importante ao nível do relacionamento com os stakeholders da empresa.

No entanto, um processo de venda de uma empresa implica a divulgação de informação e esta situação suscita por parte dos empresários algumas reservas e dúvidas, como por exemplo, conciliar a necessidade de prestar informação na fase de prospeção e angariação de investidores e salvaguardar o sigilo pretendido neste tipo de operações.

Apresentamos de seguida alguns aspetos que devem ser tidos em conta num processo de venda de forma a compatibilizar as situações atrás identificadas (confidencialidade e divulgação de informação) as quais são por natureza contraditórias:

 

Divulgação da empresa

A EWP elabora um Briefing de Apresentação que é enviado para potenciais investidores nacionais e internacionais com informação relevante sobre a empresa em processo de venda, mas não permitindo que a empresa em questão seja identificada pois os dados são apresentados de forma sintética.

A referida apresentação contém habitualmente 3 grandes grupos de informação, um primeiro grupo com a caracterização geral da empresa, um segundo grupo com os dados económicos mais relevantes e um último grupo com informação adicional, que normalmente está associada a situações que podem diferenciar a empresa (licenças, uma localização genérica – p.e junto ao mar/junto a portos ou vias de comunicação, software ou equipamentos com tecnologia avançada, etc.).

No Briefing de Apresentação elaborado pelo Departamento de Marketing da EWP é colocado uma foto que ilustra a atividade da empresa, porém, não se trata de uma foto real, são utilizadas fotos de uma base de dados residente na EWP que são trabalhadas e selecionadas tendo em conta a atividade desenvolvida.

A informação que vai ser apresentada ao mercado é analisada e discutida previamente com os sócios, podendo incluir ou não alguns dados adicionais que sejam considerados como potenciadores do processo de venda, em função daquilo que foi a estratégia definida inicialmente, nomeadamente: valor de venda pretendido; motivo da venda; apoio no processo de transição da Gestão; localização (embora de forma genérica cidade, distrito, continente e ilhas), etc.

A questão do sigilo na compra e venda de empresas também se aplica aos fornecedores, trabalhadores, financiadores, senhorios, etc., pois uma fuga de informação pode comprometer a renovação de contratos, aumento de risco de credito, clima de insegurança ao nível da empresa, denuncia de contratos, os credores podem querer antecipar cobranças e os concorrentes podem tentar aproveitar-se da situação, espalhando boatos ou mesmo tentando adquirir a empresa por menor preço.

 

Diálogo com investidores na fase anterior à assinatura de um Acordo de Confidencialidade

Um outro aspeto ligado ao sigilo da operação tem a ver com o facto da EWP funcionar como intermediário, em toda fase inicial de prospeção, seleção e angariação de investidores, permitindo que a imagem do empresário não seja exposta durante essa abordagem e contactos iniciais.

Após as reuniões entre a EWP e os potenciais interessados pode surgir a necessidade dos investidores mostrarem que estão dispostos a avançar no processo de venda e pretenderem obter informação mais detalhada.

Nessa fase, a EWP analisa o potencial do investidor para garantir que este não pretende apenas aceder a informação mais detalhada sobre a empresa, exigindo a assinatura de um acordo de confidencialidade de forma a filtrar os investidores que efetivamente estão interessados no negócio, eliminando aqueles que apenas estão curiosos em obter mais alguma informação sobre a concorrência ou setor.

A experiência mostra que a simples etapa de formalização de um Acordo de Confidencialidade já afasta os especuladores. Ou seja, manter o sigilo na venda de empresas não é um elemento atraente para a  maior parte dos especuladores. Esse documento, naturalmente, não obriga a parte interessada a ficar com a empresa, mas fixa-lhe o compromisso de manter a identidade da empresa preservada durante todo o processo de negociação até a efetivação da compra.

Após assinatura deste acordo passamos para a fase de visita às instalações, reunião de apresentação com os sócios e entrega de dados com maior detalhe solicitados pelos compradores.

 

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