em Artigos, Venda de Empresas

Existem erros durante o processo de venda de empresas que podem contribuir para que este processo seja um fracasso ou fique aquém das expetativas inicialmente definidas pelos sócios.

O processo de venda de uma empresa implica um grau de complexidade elevado, quer ao nível técnico da análise e avaliação, quer ao nível da negociação.

Por este motivo, é preciso preparar e organizar o processo de venda de forma a evitar erros desnecessários.

 

Apresentamos de seguida uma breve análise de alguns erros comuns cometidos no decurso de um processo de venda.

1 – Análise, tomada de decisão e implementação de medidas internas que possam contribuir para a valorização do negócio

A preparação do processo de venda é uma etapa fundamental, implica tempo, conhecimento detalhado da situação da empresa ao nível das contas, organização, processos internos, pontos fortes e fracos, etc.

O tempo permite colocar o foco nas situações que podem ser revistas numa fase prévia de comunicação ao mercado sobre a intenção de venda, exceto quando estes estão relacionados com situações inadiáveis como doença, divórcio, discussão entre sócios.

De igual modo, o tempo permite organizar e preparar a informação de suporte do processo de venda.

Apresentar planos de negócios não alcançáveis ou prometer resultados excessivamente empolados de um negócio pode levar à deceção de quem está a analisar uma empresa.

É preciso não esquecer que, mais tarde ou mais cedo, as diligências realizadas por parte dos compradores junto das áreas operacionais, contabilidade, jurídica, fiscal, etc., vão expor a realidade e havendo divergências nas expetativas criadas, o processo é interrompido, com prejuízo evidente para ambas as partes, sobretudo para o vendedor.

Assim, ao contrário do que muitas vezes se pensa, o planeamento detalhado da operação e dados realistas sobre o negócio são aspetos fundamentais para cativar as expetativas iniciais do investidor.

Em resumo, informações completas e objetivas de ambos os lados, contribuem para uma melhor negociação e evitam surpresas indesejáveis, que podem condenar uma transação num momento de incerteza.

 

2 – Confidencialidade do processo de operação de venda da empresa.

A questão da confidencialidade é um dos aspetos mais importantes a ter em conta desde o momento que a ideia de venda da empresa começa a ser equacionada, aplica-se a fornecedores, clientes, trabalhadores, financiadores, senhorios, credores, etc.

A maior parte dos empresários percebe que uma fuga de informação pode comprometer a renovação de contratos, aumentar o risco de crédito, criar clima de insegurança interno, denuncia de contratos, credores que podem querer antecipar cobranças, concorrentes que podem tentar aproveitar-se da situação, espalhando boatos ou mesmo tentando adquirir a empresa por menor preço.

Um outro aspeto ligado relacionado com o sigilo da operação tem a ver com a reserva e exposição dos sócios durante a maior parte do processo de venda, que decorre do facto da EWP funcionar como intermediário em toda fase inicial de prospeção, seleção e angariação de investidores, permitindo que a imagem do empresário não seja exposta durante essa abordagem e contactos iniciais.

Apenas a partir do momento em que o Acordo de Confidencialidade seja assinado é que os investidores vão ser apresentados aos sócios e visitar as instalações.

 

3 – Qualidade, quantidade e detalhe da informação a disponibilizar a potenciais investidores.

A informação inicial que é prestada a quaisquer potenciais investidores numa fase inicial tem de ser sucinta, realista, fiável, mas suficientemente clara e apelativa sobre os pontos fortes e vantagens da operação do processo de venda, sem nunca fornecer dados e detalhes que permitam acesso a informação privilegiada.

Contudo, a informação prestada deve evitar a subjetividade no processo de tomada de decisões.

Fazer um balanço correto de um negócio é fundamental para todas as atividades subsequentes do processo de venda.

Para esse efeito, a partir do momento que o comprador demonstre efetivo interesse que está realmente interessado em adquirir a empresa, é solicitada a assinatura do Acordo de Confidencialidade, permitindo a partir do momento da assinatura entre as partes entregar informação mais detalhada sobre a empresa.

A experiência mostra que a simples etapa de formalização de um Acordo de Confidencialidade já afasta os especuladores. Esse documento, naturalmente, não obriga a parte interessada a ficar com a empresa, mas fixa-lhe o compromisso de manter a identidade da empresa preservada durante todo o processo de negociação até a efetivação da compra.

 

4 – Escolha do método de avaliação

É importante haver imparcialidade no apoio e determinação do valor da empresa, esse processo é dificultado se o valor estiver a ser determinado pelo próprio empresário, quer porque necessita de ter Know-how do processo de avaliação, quer porque existe um envolvimento emocional que prejudica a análise objetiva da situação.

O trabalho de avaliação de empresas requer domínio dos métodos especializados de avaliação e experiência de mercado.

Muitas metodologias são usadas e aceitas pelo mercado e a escolha depende também das características da empresa.

Para além disso, a experiência em projetos de avaliações anteriores pode ser uma mais-valia importante, na medida que permite obter parâmetros, indicadores, pressupostos, que são extremamente úteis e importantes para a qualidade da condução e do processo final da avaliação de empresas.

 

É conveniente neste processo que haja o aconselhamento de uma entidade externa como a EWP que tenha experiência na fase de preparação que antecede o processo de venda da sua empresa.

 

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