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Em 2021, o mercado global de fusões e aquisições atingiu um novo máximo com 60 mil operações que ascenderam a um total de 5 triliões de Dólares. Estas representam apenas os negócios conhecidos publicamente. Muitos outros realizam-se anualmente e que nunca chegam a ser incorporados nas estatísticas oficiais.

 

Em países como os Estados Unidos, a venda das empresas é um processo natural no seu ciclo de vida. É muito comum os fundadores e proprietários perceberem que, para que os seus negócios possam crescer é necessária a entrada de novos investidores, abdicando do controlo da empresa.

 

Em Portugal, como noutros países Europeus, esta cultura menos “agarrada” dos proprietários às empresas é ainda pouco comum. Com alguma frequência, excelentes gestores acabam por limitar o crescimento dos seus negócios, não porque estes não tenham potencial, mas porque a ligação é tão forte que não querem abdicar do seu controlo.

 

Mas há sinais de mudança. Em 2021, segundo a plataforma TTR, houve 553 transações com um valor total de 19,2 milhões de Euros, um crescimento de 31% no número de operações e 2% nos montantes transacionados face ao ano anterior.

 

O que estes números nos dizem é que o valor médio das operações terá sido inferior, ou seja, teremos tido um maior número de transações de empresas de pequena e média dimensão. Globalmente a tendência parece ser a mesma já em 2022. Segundo a PWC, apesar de uma redução de 20% no valor das transações no primeiro semestre deste ano, o número de operações terá regressado a valores pré-pandemia, para uma média 50 mil por ano. Para estes números contribui a quebra de 40% no número de transações de grandes negócios (mais de 5 mil milhões de Dólares), mais uma evidência de que há cada vez mais empresas de pequena e média dimensão a serem vendidas.

 

Regressando ao nosso país, o momento atual poderá ser uma excelente oportunidade para gestores e proprietários das PMEs abrirem as suas empresas à entrada de capital essencial para que possam crescer e vencer num mercado cada vez mais competitivo. Uma oportunidade importante é, o cada vez maior investimento dos Estados Unidos, país que movimentou 1.500 milhões de euros em capital apenas em 2021, um crescimento de 191% face a 2020, ocupando agora o segundo lugar no ranking de países que mais investem em Portugal, a seguir à Espanha.

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