A OCDE já publicou as suas previsões económicas e estima que em Portugal se irá verificar um crescimento mais tímido do que o previsto pelo nosso Ministério das Finanças.
No Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano está estimado um valor de crescimento do PIB deste ano de 6,5%, valor revisto em alta, a posteriori, por Fernando Medina para 6,7%. No ano subsequente acredita que chegará a 1,3% de crescimento.
Apesar de ambos anteverem uma grande travagem da nossa economia, a OCDE mostra-se mais pessimista pois vê Portugal a crescer apenas 1%, menos 0,3 pontos percentuais (pp), em 2023 e apenas 1,2% para 2024.
Juntamos a isto o grande problema da subida dos preços, que tudo indica que se manterão elevados, com uma taxa de inflação de 6,6%. Este indicador gera preocupação uma vez cruzado com o acima referido, o forte abrandamento, relatado pela OCDE, que o nosso país sentiu a partir de Setembro, prejudica diretamente os orçamentos famílias e o tecido empresarial.
Temos sentido a pior crise energética desde 1970, segundo a OCDE, e a inflação no próximo ano será motivada principalmente pela subida da alimentação e da energia, duas despesas que presentearam o nosso país com uma taxa de inflação de 8,3% em 2022.