A ameaça da inflação continua a ameaçar a estabilidade das Economias Europeias, reforçando a importância de uma das principais funções do Banco Central Europeu: manter o crescimento anual do nível de preços estabilizado nos 2%. Neste contexto, Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), pronunciou-se afirmando que o banco central irá “´tão longe quanto necessário” para estabilizar a inflação.
Uma das medidas com maior impacto directo nas famílias e na tesouraria das empresas é a subida progressiva das taxas de juro, o que, para além da já pesada subida do custo de vida devido à inflação, poderá reduzir o consumo, a liquidez disponível para investimento e a rentabilidade das empresas.
Enquanto a abolição de praticamente todas as medidas de controlo da pandemia está a ter um impacto muito positivo na Economia Portuguesa, muitas empresas poderão ser penalizadas por estas e outras medidas, especialmente aquelas que não têm assegurada uma boa capacidade de financiamento e uma estrutura de custos competitiva.
Neste contexto de enorme instabilidade macroeconómica e política, é ainda mais relevante que empresas e famílias façam um bom planeamento dos seus orçamentos e assegurem a solidez financeira necessária que assegurem a sua robustez num cenário de estagnação económica e contração do consumo.