Este artigo tem como objetivo ajudar a perceber como é que qualquer processo de avaliação pode ser fundamental para a evolução e desenvolvimento das Organizações e Pessoas.
De facto, a análise comparativa de indicadores de performance relacionados com a avaliação de desempenho das Organizações, quer seja, ao nível de países, empresas e instituições diversas, quer a nível particular (profissionais liberais, atletas, alunos, etc.), traduz-se sempre numa boa oportunidade para avaliar o que correu menos bem, o que temos de fazer para melhorar, perceber os pontos fracos e fortes, compreender o posicionamento dos concorrentes, tomar decisões, implementar medidas de correção, etc.
Assim, independentemente da posição relativa que uma determinada entidade venha a ocupar no contexto de uma avaliação, a análise dos resultados e a adoção de medidas no sentido de melhorar a operação e comportamentos é um passo fundamental para o processo de desenvolvimento das organizações.
Tomando como exemplo o caso prático do posicionamento recente de Portugal no ranking de competitividade 2022 elaborado pelo instituto suíço IMD, podemos observar que Portugal desce seis lugares no ranking que foi elaborado após a avaliação de 63 economias, através de uma combinação de 333 critérios de competitividade e de respostas e inquéritos por parte de cerca de 100 executivos por país.
Política fiscal e práticas de gestão empresarial são os piores indicadores e atiram o nosso país para o 42.º lugar, ou seja, Portugal perdeu o 36º lugar que ocupava em 2021 tendo alcançado o pior desempenho desde 2014.
Portugal perdeu posições nos quatro indicadores-chave do estudo: desempenho económico (desce da 43.ª para a 46.ª posição), eficiência governativa (38.ª para 43.ª), eficiência empresarial (38.ª para 42.ª) e infraestruturas (27.ª para 30.ª).
O primeiro lugar é ocupado pela Dinamarca, seguida de Suíça, Singapura, Suécia e Hong Kong.
Convém referir que estamos a falar de um processo dinâmico, por exemplo, a Dinamarca, que no ano passado, ficou em terceiro lugar, alcançou em 2022, pela primeira vez, o primeiro lugar na lista dos países mais competitivos, a nível global. Segundo o relatório do IMD, aquele país registou “um desempenho notável no fator eficiência empresarial e nos subfactores produtividade e eficiência e práticas de gestão“, em que ficou sempre no primeiro lugar.
O referido relatório aponta as dificuldades sentidas e as medidas corretivas que os países devem adotar. Contudo, no âmbito deste artigo interessa-nos salientar que grande parte dos problemas detetados a nível macro têm a ver com falhas na gestão das empresas, sobretudo ao nível das PME´s, que representam praticamente 99% do tecido empresarial português.
No caso das pequenas e microempresas, a introdução de algumas medidas práticas simples de implementar na gestão do dia a dia dos empresários, pode representar um impacto positivo no desenvolvimento e melhoria da performance das empresas.
Os empresários dominam normalmente o processo comercial e / o know how da atividade que desenvolvem. Essa capacidade permite-lhes, numa fase da vida da empresa, ter vantagens comparativas sobre outras empresas, conferindo uma posição privilegiada no mercado.
No entanto, os concorrentes estão atentos e vão mudando as estratégias e, cada vez mais, a globalização tende a colocar-nos na frente entidades cada vez mais inovadoras e agressivas comercialmente, o que faz com que a posição que temos nunca esteja garantida.
Por este motivo, um primeiro aspeto a ter em conta diz respeito ao facto dos empresários de pequenas e microempresas sentirem que, na maior parte das vezes da gestão do dia a dia das empresas, tomam decisões (fora das vertentes que habitualmente dominam) de forma isolada, ao nível económico, financeiro, recursos humanos, legal, fiscal, jurídico, incentivos financeiros, etc., pois não têm uma estrutura por detrás que permita diluir e partilhar a responsabilidade na panóplia de temas que surgem diariamente a quem está à frente das empresas.
Alguns empresários não dispõem de um nível de conhecimentos técnicos na área económica e financeira, que permitam retirar da contabilidade e da operação as informações de gestão que necessitam para avaliar o comportamento do seu negócio e tomar as medidas corretivas antes que seja tarde de mais. Na maior parte dos casos a contabilidade funciona apenas como algo que internamente serve para dar resposta a exigências colocadas pela Autoridade Tributária, ou seja, não é entendida como sendo uma ferramenta importante de gestão.
Existem muitos outros aspetos a ter em conta, mas aquele que queremos reforçar neste artigo específico, é a necessidade de implementar uma análise comparativa do ranking da sua empresa com os seus concorrentes diretos.
Isso pressupõe ter capacidade para recolher informação dessas empresas, agrupar os principais indicadores, analisar a evolução dos mesmos ao longo do tempo para cada um deles e para cada empresa, de forma que no final possam ser retiradas conclusões sobre os aspetos que podem ser relevantes para estar acima ou abaixo do ranking.
Este processo é dinâmico, deve ser feito anualmente e em cada período interessa sobretudo adotar as medidas necessárias para corrigir as falhas ou manter a política seguida (em função do posicionamento da empresa ser positivo ou negativo).
Na EWP sentimos que estas são algumas das preocupações dos gestores no seu dia a dia e podemos ajudá-los no Apoio à Gestão das vossas empresas.