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Este nosso pequeno país à beira-mar, outrora conhecido pelos Descobrimentos, e, nas últimas décadas, aclamado como destino turístico de sonho, é também hoje uma referência para empreendedores e investidores.

 

Nos últimos anos, Portugal tem apostado na criação de condições mais favoráveis ao desenvolvimento de pequenos negócios com essência inovadora e grande potencial de crescimento – as chamadas startups – incentivando e apoiando jovens (e não só) na concretização dos seus projetos.

 

Com o crescimento do ecossistema de startups e a captação de investimento estrangeiro em mente, foram desenvolvidos mecanismos, ferramentas, organizações e sistemas de incentivos 100% focados no empreendedorismo e na inovação. Um dos exemplos mais marcantes é a realização da WebSummit em Lisboa, que tem projetado o país para primeiro plano nesta dimensão.

 

Também a Startup Portugal, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão promover o empreendedorismo e a inovação no país, através de parcerias com as mais influentes entidades dentro do ecossistema, tem desempenhado um papel crucial de conexão entre empreendedores, investidores, aceleradoras, incubadoras e todos os outros intervenientes.

 

A realidade é que estes esforços têm surtido efeitos, pelo que Lisboa ocupa atualmente a 4ª posição no ranking Founders’ Favourite Startup Hubs, publicado no Startup Heatmap Report 2022. Também o Porto é contemplado neste ranking das 50 melhores cidades europeias para o empreendedorismo, ficando apenas 9 lugares atrás de Lisboa.

 

Os efeitos ao nível económico também são visíveis, já que, em 2021, as start-ups contribuíram em 1,1% para o PIB, ultrapassando os mil milhões de investimento captado – mais do dobro do valor arrecadado no ano anterior. Em fevereiro de 2022, as 2.274 start-ups registadas na Startup Portugal totalizavam mais de 27 mil postos de trabalho. Neste contexto, não podemos deixar de referir os 7 unicórnios (start-ups avaliadas em, pelo menos, mil milhões de dólares) com ADN português – Talkdesk, Anchorage Digital, Sword Health, Remote, Feedzai, Farfetch e Outsystems, que, juntas, estão já avaliadas em mais de 35 mil milhões de euros.

 

Entre inúmeros incentivos, de diversas naturezas, dirigidos aos diversos intervenientes do ecossistema, destacam-se dois grandes instrumentos de capital do Banco Português do Fomento: o Fundo de Coinvestimento 200M e o programa de Cofinanciamento de Fundos de Capital de Risco. Estes instrumentos têm como objetivo o financiamento do arranque ou da expansão de pequenas e médias empresas com modelos de negócio inovadores e elevado potencial de crescimento.

 

Nos dias que correm, com o acesso ao financiamento bancário dificultado por via dos aumentos das taxas de juro praticadas, estes incentivos representam para os empreendedores uma ferramenta crucial na concretização dos seus projetos.

 

É, no entanto, necessário ir mais longe. Mais do que criar linhas de financiamento, é necessário torná-las acessíveis, desburocratizando, simplificando processos, divulgando informação de forma consistente e acessível. É urgente acelerar a digitalização dos serviços públicos, descomplicá-los e, acima de tudo, garantir que funcionam, seja ao balcão, seja através de um ecrã.

 

Esse é o caminho para o crescimento da economia.

 

 

Fontes: Startup Portugal, Portugal Digital, ECO, Diário de Notícias, Startup Heatmap Europe e Banco Português do Fomento

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