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A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à aquisição do controlo exclusivo da Cimpor pela Taiwan Cement, marcando um desenvolvimento significativo no mercado nacional. A decisão, designada por decisão de “não oposição”, reflete a avaliação da autoridade de que a fusão não deverá colocar obstáculos significativos à concorrência efetiva.

A filial da Taiwan Cement, que opera no setor do carregamento de veículos elétricos em Portugal, solicitou em dezembro a aprovação da aquisição de 60% da Cimpor ao fundo turco Oyak. Este passo, que culminou com a aquisição de 100% da Cimpor pela Taiwan Cement, sublinha o compromisso da empresa em expandir a sua presença global, particularmente em setores sustentáveis como as energias renováveis e a tecnologia.

A aquisição posiciona a Taiwan Cement como um importante player no mercado global de cimento, sinalizando a confiança internacional na economia portuguesa. O investimento estratégico da TCC na Cimpor alinha-se com a sua visão mais ampla de diversificar o seu portfólio e reforçar a sua presença em setores-chave.

A decisão da AdC tem em conta a inexistência de participações diretas ou indiretas da Taiwan Cement em empresas que operam no mercado cimenteiro português, o que minimiza as preocupações relativas a uma posição dominante no mercado ou a um comportamento anti concorrencial.

Com a Taiwan Cement preparada para se tornar o terceiro maior operador no mercado mundial de cimento após a aquisição, o negócio representa um marco significativo na trajetória de crescimento da empresa. Para além disso, as garantias dadas pela Cimpor relativamente à continuidade da sua estrutura de gestão e à preservação da sua força de trabalho sublinham o compromisso de manter a estabilidade operacional no contexto de mudanças de propriedade.

De um modo geral, a aprovação da aquisição da Taiwan Cement pela AdC sublinha a cuidadosa consideração dada ao potencial impacto na concorrência e afirma a resiliência do panorama económico português face à evolução da dinâmica do mercado.

Outra movimentação no mercado de fusões e aquisições, realça o recente acordo da Generali, empresa-mãe da Tranquilidade, para a aquisição da Liberty Seguros constitui um marco significativo no panorama segurador europeu, nomeadamente em Portugal, Espanha e Irlanda. Avaliada em 2,3 mil milhões de euros, a aquisição recebeu a aprovação da Comissão Europeia, o que significa que está em conformidade com as regras da concorrência.

Para a Tranquilidade, esta aquisição não representa apenas uma transação financeira, mas sim um movimento estratégico de consolidação e expansão de mercado. Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade, prevê um crescimento substancial de cerca de 20% na produção e no volume de prémios, consolidando a posição da Tranquilidade como o segundo maior player no mercado nacional.

A aquisição não só reforça a quota de mercado da Tranquilidade, como também demonstra o compromisso da Generali com o mercado português. Com a vasta experiência e os recursos da Generali, a Tranquilidade pretende reduzir o fosso que a separa da líder de mercado Fidelidade, mantendo o enfoque na criação de valor para os clientes.

Para além disso, Carvalho assegura que as perturbações para os colaboradores serão mínimas, destacando a sinergia operacional entre a Liberty Seguros e as operações existentes da Tranquilidade. Esta aquisição estratégica prepara o terreno para o crescimento contínuo e a competitividade da Tranquilidade no dinâmico mercado segurador europeu.

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