em Artigos, Venda de Empresas

São muitos os motivos que levam os empresários a considerar vender a sua empresa, seja uma venda parcial ou total das respetivas participações sociais.

Esta decisão decorre normalmente de fatores associados a dificuldades financeiras, problemas de sucessão, doença, conflito entre sócios, crise familiar, cansaço, fim de uma carreira profissional, etc.

Se agruparmos estas situações em termos de imprevisibilidade de ocorrência, verificamos que, por exemplo, as situações que têm a ver com doença e problemas familiares (divórcio) não permitem antever e planear o processo de venda como seria desejável.

No entanto, as restantes situações, na maior parte dos casos, podem e devem ter um planeamento e organização prévia de forma a perceber qual o melhor momento e condições para despoletar e implementar o processo de venda da empresa.

Por agora vamo-nos focar apenas nas situações (muito frequentes) em que os empresários sentem necessidade de recorrer a mais capital, para fazer face a dificuldades financeiras.

Na maior parte dos casos esta preocupação ocorre numa fase em que já se esgotaram as condições normais de acesso a capital alheio pela via tradicional, ou alguns casos, o sócio teve necessidade de injetar e reforçar os capitais próprios com recurso e sacrifício dos seus bens pessoais.

Porém, em muitos casos, esta tomada de decisão de avançar com um processo de venda tendo por base falta de liquidez recorrente, pode ser evitada. Muitas das vezes não é feito previamente um estudo sobre quais são as causas e condições que estão na origem das dificuldades financeiras. Isso é importante na fase anterior à venda da empresa, assim como, na fase em que um potencial investidor vai escrutinar a operação em profundidade e nessa altura convém ter resposta pronta para as questões que venham a ser colocadas.

Assim, antes de tomar uma decisão de avançar com o processo de venda será preciso perceber o que está na origem desse sorvedouro de recursos internos.

De facto, muitas das vezes o sócio pode não ter tempo, pode não ter um distanciamento de Gestão capaz de analisar os problemas de forma fria, pode não ter capacidade técnica para interpretar a origem dos problemas técnicos de natureza económica e financeira e por isso reagir apenas aos sintomas / sinais que se traduzem na falta de liquidez.

Por analogia podemos pensar que uma empresa que está permanentemente a necessitar de injeções de liquidez pode ser comparada a um balde furado, para o qual se está a injetar água que se escapa continuamente, mesmo que seja gota a gota todos sabemos que este processo não é sustentável a médio prazo.

 

Mais informação

Estamos disponíveis para conversar consigo e ajudar a sua empresa

Outras Publicações

Deixe um Comentário

Comece a digitar e pressione Enter para pesquisar