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Com o Acordo de Paris foi definida a meta de aquecimento global de 1.5ºC para as empresas, o que segundo o Carbon Disclosure Project (CDP), nenhum dos países do G7 tem capacidade para descarbonizar de uma forma rápida o suficiente para atingir essa meta.

 

No caso das empresas portuguesas, os objetivos delineados permitem limitar o aquecimento global nos 2.6ºC, muito longe da meta internacional estabelecida, mas abaixo da média dos países do G7 que se fixa nos 2.7ºC.

 

Por outro lado, o diretor global de Mercados de Capitais do CDP, Laurent Babikian afirma que “o mais importante fator de redução rápida de emissões é a definição de metas ambiciosas”.

 

No entanto, é importante ter o cuidado de delinear objetivos realistas para evitar cair em medidas extremas alimentadas por um desespero social, visto que se trata de um problema demasiado complexo para afirmar com toda a certeza que a descarbonização é o caminho correto a seguir.

 

Um exemplo muito simples de como estas medidas nos podem sair caras, é o facto de as empresas precisarem de fazer investimentos altíssimos para atingir os objetivos de descarbonização, o que só seria possível de duas maneiras:

. serem financiadas com apoios do Estado aumentando a dívida pública e assim atrair todos os problemas do endividamento público; ou

. as empresas necessitarem de acartar esses custos e naturalmente precisarem de subir os preços dos seus produtos/serviços deixando-os inacessíveis a pessoas mais desfavorecidas.

 

Por isso, não é seguro adotar medidas radicais sem termos um histórico sólido que nos permita prever um resultado final, o que não temos atualmente. É importante realçar ainda que este é um dos problemas mundiais com menos Retorno do Investimento, e com retorno queremos dizer um mundo melhor.

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