O governo português está a apostar no desenvolvimento da energia eólica marítima e do hidrogénio para reduzir a dependência energética do país. Isto foi salientado pelo Ministro do Ambiente e Acão Climática, Duarte Cordeiro, que salientou que estas duas áreas são essenciais para alcançar uma maior autonomia energética.
Portugal até conseguiu atingir 70% de autonomia, mas que isto ocorre principalmente no Outono e Inverno, quando há vento, e as barragens estão cheias, e “o projeto de recolha de energia a partir do vento no mar pode garantir a produção ao longo de todo o ano”, explicou Cordeiro.
Os comentários do ministro foram feitos durante a inauguração da central fotovoltaica da empresa cerâmica Revigrés. A fábrica fornece cerca de 20% da energia consumida pela indústria no seu processo de produção, um investimento superior a 14 milhões de euros, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e financiado em 50% por capitais próprios, como destacou Paula Roque, presente na administração da empresa.
Cordeiro elogiou a Revigrés pela sua capacidade de reutilizar recursos no seu processo de produção e descreveu a empresa como um exemplo a todos os níveis. O ministro observou também que o governo está empenhado em amortecer os efeitos do aumento dos preços da energia causados pela guerra na Ucrânia entre outros fatores.
Durante o evento, anunciou que pretende avançar com uma fábrica de hidrogénio para reduzir a sua dependência do gás natural. O anúncio foi saudado por Cordeiro, que vê o hidrogénio como um elemento crucial na transição energética do país.
O governo português tem vindo a trabalhar para alcançar uma maior autonomia energética desde há vários anos. A localização geográfica e as condições climáticas do país tornam-no ideal para a produção de energia renovável, particularmente a partir de fontes eólicas e solares. Portugal tem também vindo a investir no desenvolvimento da tecnologia do hidrogénio, com o objetivo de o tornar um elemento-chave no seu portfolio energético.
Os esforços do governo já demonstraram resultados, tendo Portugal atingido 70% de autonomia energética em certos períodos. No entanto, o governo reconhece que é necessário fazer mais para assegurar um fornecimento de energia sustentável, fiável e o mais constante e consistente possível. A aposta no vento marítimo e no hidrogénio é um passo na direção certa, e espera-se que o empenho do governo em apoiar estas áreas impulsione a transição energética do país.