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O Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, manifestou a sua opinião sobre quais as melhores formas para Portugal, gerir a subida dos preços e as suas consequências, num país ainda debilitado pela pandemia.

 

Segundo Mário Centeno, a subida da taxa de poupança média das famílias poderá dar alguma margem de manobra às famílias face às dificuldades causadas pelo aumento dos preços e possíveis ajustamento das taxas de juro.

 

O ex-ministro defendeu ainda contenção por parte do Estado na atualização dos salários da função pública porque, argumenta, os salários médios terão crescido 20% nos últimos 6 anos, enquanto a inflação ter-se-á ficado pelos 5% no mesmo período. Um aumento do rendimento disponível poderá ser um fator acrescido para a subida dos preços.

 

Defende ainda que não há necessidade de medidas de grande dimensão para combater a inflação e exclui a hipótese de se voltarem a definir períodos de moratórias para combater o impacto das taxas de juro nas prestações dos empréstimos. Acrescenta o ex-ministro e atual governador do Banco de Portugal que, medidas fiscais para mitigar a subida dos preços da energia poderão ser suficientes, realçando que estas deverão ser bem ponderadas para não porem em causa os objetivos da transição climática.

 

Mário Centeno tem razão quando relembra o aumento da taxa média de poupança das famílias, mas num cenário cada vez mais provável de aumento das taxas de juros, não se pode ignorar o impacto que terá para a maioria dos portugueses, especialmente para os mais carenciados. Nas empresas, importa acautelar desde já, o impacto inevitável dessas subidas, adoptando medidas que permitam reduzir as suas necessidades de fundo de maneio, de forma que possam acomodar o aumento dos custos financeiros.

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